Facectomia com implante de lente intraocular (LIO)
É a cirurgia para remoção do cristalino, lente natural responsável pela correção óptica do olho. A catarata leva a uma perda da transparência do cristalino.
Com anestesia local através de colírios e sedação, faz-se uma incisão de cerca de 2.5mm na periferia corneana e, através de uma caneta com energia ultrassônica, o cristalino é fracionado em pequenas partes para serem aspiradas. Para compensar a remoção do cristalino e reduzir o grau final, é implantada uma lente intraocular que, na grande maioria dos casos, será definitiva. Uma vez que o cristalino é removido, a catarata não voltará.
Implante secundário de Lente Intraocular
Uma lente intraocular (LIO) é uma pequena lente com grau que é implantada em substituição ao cristalino. LIOs podem ser implantadas sem a remoção do cristalino ou no lugar do cristalino. O implante secundário de LIO ocorre quando não foi possível implanta-la no primeiro momento cirúrgico (durante a facectomia, ou retirada do cristalino).
Reconstrução de câmara anterior
A câmara anterior é a região entre a superfície posterior da córnea e a íris. É preenchida pelo humor aquoso produzido pelos processos ciliares e drenado pela malha trabecular. Reconstrução da câmara anterior trata-se de um procedimento oftalmológico cirúrgico hospitalar, que tem como finalidade terapêutica tratar lesões e traumas oculares na córnea, íris e outros anexos anteriores.
Trabeculectomia
A trabeculectomia é uma cirurgia realizada no tratamento do glaucoma refratário ao uso de colírios, consistindo na realização de uma fístula da câmara anterior para debaixo da conjuntiva através da esclera e malha trabecular, possibilitando a drenagem do humor aquoso. O objetivo da cirurgia é o controle da pressão intraocular, buscando evitar a progressão do glaucoma.
Implante de Válvula de Drenagem
Quando a construção de uma válvula com o próprio tecido ocular não pode ser realizada através da trabeculectomia, torna-se necessário o implante de uma válvula artificial. Existem diversos modelos de válvulas para glaucoma, sendo as de Ahmed e Molteno as duas mais utilizadas.
Blefaroplastia
Blefaroplastia é uma cirurgia plástica ocular onde remove-se o excesso de pele e gordura, podendo ser realizada nas pálpebras inferiores e superiores. Estas alterações podem provocar sensação de peso nas pálpebras, perda de campo visual, além de aspecto triste e cansado, além de causar dificuldade na aplicação de maquiagem nas pálpebras.
O Oftalmologista especializado em Plástica Ocular é sempre o profissional mais indicado para realização desse procedimento, pois deve conhecer a anatomia orbito-palpebral, considerando características étnicas de idade e sexo do paciente para oferecer o melhor resultado, respeitando as limitações individuais de cada paciente.
Transplante de Córnea
A córnea é a estrutura transparente e avascular que fica na parte anterior do nosso olho e tem a função de permitir que a luz entre no olho e atravesse toda a estrutura ocular para ser focalizada na retina.
O transplante de córnea é uma cirurgia onde se faz a troca da porção central da córnea doente por uma córnea sadia doadora. Podemos fazer uma analogia com a troca do vidro de um relógio que está fosco ou perdeu a transparência. A nova córnea é fixada com um fio especial de nylon muito fino, com o auxílio de um microscópio cirúrgico. Em geral, o paciente recebe anestesia local e não precisa passar a noite no hospital.
Implante de Anel Corneano ou Intraestromal
O Anel Corneano é uma espécie de prótese que é implantado dentro da córnea, numa camada conhecida como estroma profundo. A indicação mais comum para o implante deste tipo de prótese é na correção das deformidades corneanas provocadas pelo Ceratocone.
Os diversos tipos de Anéis Corneanos têm a forma de letra “C”, podendo variar no seu diâmetro, no comprimento do arco e na sua altura ou espessura. Geralmente são implantados um ou dois segmentos de anel, dependendo da indicação médica.
A recuperação varia muito de caso a caso, podendo demorar entre 3 e 6 meses até o resultado final. Na grande maioria dos casos não há eliminação completa do grau, mas sim uma redução significativa do mesmo, além de uma correção do formato e da curvatura da córnea, tornando-a mais semelhante a uma córnea normal. O grau residual pode ser corrigido por meio de óculos, lentes de contato (gelatinosas ou não) ou até mesmo por outro procedimento cirúrgico.
Crosslinking da córnea
Procedimento que aumenta a resistência e a estabilidade da córnea e tem como finalidade impedir a progressão do ceratocone ou outras ectasias, como a Pós-Lasik (cirurgia a laser para correção da miopia).
Após a aplicação do colírio anestésico e preparos iniciais da córnea, é empregado o colírio de vitamina B2 que, associado à luz UVA emitida por uma fonte, aumenta a ligação das fibras de colágeno da córnea. A recuperação é gradativa e deve ser avaliada mensalmente até o terceiro mês para comprovação de efeito.
Lentes de Contato
As lentes de contato são utilizadas para a correção de diversos problemas óticos. Além dos benefícios estéticos, oferecem maior conforto e são uma opção interessante para quem não pode ser operado. Em alguns casos específicos, o uso de lentes de contato apresenta resultados mais eficientes do que o uso de óculos, levando a reabilitação visual em pacientes com patologias específicas e baixa acuidade visual.
No mercado existem inúmeras opções como: lentes de contato gelatinosas esféricas para uso diário, descartáveis, tóricas, multifocais, filtrantes, terapêuticas, coloridas, lentes de contato rígidas de todos os materiais, siliconadas, fluorcarbonadas, híbridas, flexíveis, etc. Por isso a escolha deve ser orientada por um oftalmologista.
Exerese de Pterígio
O pterígio é um crescimento e espessamento da conjuntiva que cresce sobre a superfície da córnea em direção à pupila. Essa lesão geralmente cresce lentamente ao longo da vida. Se permanecer pequeno, é pouco sintomático e o uso de colírios lubrificantes minimizam os sintomas. Em casos avançados, o pterígio pode chegar até próximo a pupila e interferir na visão.
A cirurgia consiste na remoção ou exérese do pterígio e um transplante com a conjuntiva sadia do próprio paciente é colocado na área afetada para minimizar a recidiva do tumor.
Terapia Antiangiogênica
A terapia antiangiogênica é um procedimento cada vez mais utilizado no tratamento de doenças que afetam a retina. Técnica que surgiu nos anos 2000, trata-se da aplicação de fármacos que diminuem a proliferação de vasos sanguíneos para tratamento de diversas patologias retinianas. Esses medicamentos são injetados na cavidade vítrea, preenchida pelo humor vítreo.
O procedimento é simples e rápido, porém necessita cuidado, pois é invasivo. “A aplicação é realizada com anestesia local (colírio ou anestésico injetado sob a conjuntiva) e raramente causa dor.
Vitrectomia
A vitrectomia é o procedimento cirúrgico que remove o humor vítreo, um fluído gelatinoso e transparente que está presente no interior do globo ocular. Esse procedimento é indicado para o tratamento de diversas doenças oculares, como descolamento de retina, buracos maculares, membranas retinianas, sangramentos oculares ou até mesmo para resolver complicações de outras cirurgias oftalmológicas.
A recuperação pode durar de dias a várias semanas, dependendo de cada caso, e é muito importante manter o uso das medicações prescritas de maneira correta e seguir o acompanhamento e orientações médicas de forma rigorosa.
Descompressão da órbita
Procedimento cirúrgico realizado para o tratamento da proptose ocular ou exoftalmo, que é a projeção dos olhos para fora da órbita.
Tarsorrafia
Procedimento cirúrgico simples para o tratamento de úlceras da córnea . Consiste na sutura da conjuntiva bulbar e da terceira pálpebra para que a córnea esteja protegida e em contato com o tecido mole.
Enucleação
A enucleação, é um procedimento cirúrgico em que o cirurgião remove todo o globo ocular da cavidade ocular ou órbita.
Evisceração
A evisceração consiste na extração do conteúdo do globo ocular (íris, humor vítreo), mantendo a esclera e em alguns casos a córnea.
Ptose
A cirurgia para correção da ptose palpebral dependerá da gravidade e da força do músculo elevador da pálpebra superior. A técnica cirúrgica adotada será específica para cada caso, sendo realizada no centro cirúrgico sob anestesia local associado ou não a sedação e sem necessidade de internação.
Ectrópio
Doença em que a pálpebra se dobra para fora, de modo que sua borda não entra em contato com o globo ocular. O tratemento é cirúrgico e é determinado pelo tipo de ectrópio, intensidade e de acordo com a área afetada da pálpebra. Eventualmente pode ser indicada a utilização de mais de uma técnica cirúrgica. Anestesia é local com sedação e sem internamento.
Entrópio
Doença em que a pálpebra se dobra para dentro, fazendo com que os cílios toquem, atritem e irritem o globo ocular. O tratamento é cirúrgico e é determinado pelo tipo de entrópio, intensidade e de acordo com a área afetada da pálpebra. Eventualmente pode ser indicada a utilização de mais de uma técnica cirúrgica. Anestesia é local com sedação e sem internamento.
Tumores palpebrais
Qual quer lesão nas pálpebras, pode se tratar de câncer de pele ou de lesão pré-cancerosa; e esteticamente muitas vezes incomoda o paciente por estar em um lugar extremamente aparente. Deve-se fazer a exérese cirúrgica com anestesia local e encaminhar para a biópsia.
Tumores de órbita
Correspondem a lesões anómalas, que podem ser benignas ou malignas, localizadas no espaço em redor do globo ocular, que aloja também o nervo óptico, os músculos, a glândula lacrimal e gordura. Pode ser resolvido em exérese cirúrgica com biópsia.
Vias lacrimais
Tem como objetivo reabrir a passagem para as lágrimas drenarem de volta ao nariz, ao invés de escorrer pela face, como nas obstruções.
Triquíase
Para curar definitivamente a triquíase, a única solução é uma cirurgia baseada na destruição dos folículos pilosos dos cílios.. Com uma aplicação de laser local ou ressecção cirúrgica através de enxerto de mucosa, se necessário, com anestesia local.